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A importância do CONFIES e do associativismo na crise do Covid-19

associativismo
Escrito por Matheus Bressan

Durante momentos de crise e recessões econômicas, os mais diversos setores da economia são afetados. Dessa forma, as fundações de apoio e o investimento em ciência e tecnologia não ficam de fora desses impactos. Neste cenário complexo, é fundamental contar com organizações que têm como foco a assistência a esses setores da economia, como o Confies.

Neste artigo, mostraremos os impactos da pandemia nas fundações de apoio e como o Confies pode contribuir para que as instituições possam passar por esse momento de forma mais tranquila e se reerguer quando tudo isto acabar. Acompanhe!

QUAL O IMPACTO DA PANDEMIA NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA (C&T)? 

Obviamente, a pandemia acaba impactando negativamente no investimento em C&T. Neste período, o Governo Federal está centralizando seu orçamento — além da manutenção das funções básicas da sociedade, como saúde, segurança, educação, etc. — em programas capazes de manter emprego e renda dos brasileiros.

Entretanto, o baixo desempenho do Brasil em termos de ciência e tecnologia não se deu, exclusivamente, pelo vírus. Essas áreas foram esquecidas por muitos anos e outros governos que já estiveram no poder. Um exemplo disso pode ser percebido na Coreia do Sul, que há pouco tempo era um país fortemente agrário e que implementou grandes programas de desenvolvimento de novas tecnologias e, atualmente, é um grande exportador de novidades e inovações para todo o mundo. 

Nesse contexto, o que precisa ficar claro é que o Brasil teve tempo e condições de se desenvolver em termos de Ciência e Tecnologia, entretanto, o fato dos governos (anteriores e atual) deixarem de lado esse setor, tornou-o mais impactado pela pandemia.

QUAL O IMPACTO DA PANDEMIA NAS FUNDAÇÕES? 

Para entender o impacto da pandemia nas fundações, é preciso ter em mente um detalhe. As universidades, entidades de pesquisa e outras instituições que compõem todo um sistema complexo foram afetadas diretamente. 

Como consequência disso, as fundações de apoio também são impactadas na mesma proporção. Em outras palavras, essa é a real aplicação daquele velho ditado popular que diz: “todos estão no mesmo barco”. Quando uma parte do sistema é impactado, todo o resto também segue na mesma situação. 

O QUE É O CONFIES? 

Confies significa “Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica”. A partir dessa associação, as fundações ganharam protagonismo em grandes mudanças, como na criação do marco legal de C&T e de algumas leis que regulamentam as atividades dessas instituições. 

Segundo o professor Fernando Peregrino, presidente do Confies, em uma Live promovida pela Conveniar ela é “uma associação. Ela não é uma entidade de pesquisa, tão pouco, de gestão de projetos. É uma coletividade que guarda interesse comum”, que é a defesa das fundações de apoio e o seu papel social no seu papel no sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. 

O Confies, portanto, é uma associação que atua na defesa de interesses comuns das fundações de apoio e no desenvolvimento da ciência e tecnologia desenvolvidas por essas instituições. Nesse contexto, o espírito associativo e assistencial é o que fomenta a existência dessa organização. 

Além de atuar com muito protagonismo no cenário de regulamentação e apoio às fundações de apoio, o Confies realiza um importante congresso anual, reunindo mais de 70 fundações, instituições e representantes do setor público que, de alguma forma, interage e/ou impacta a operação das fundações de apoio. Neste ano de 2020, o 3º Congresso do Confies abordará como principais temas: como captar recursos para a Ciência e Tecnologia; a agenda do parlamento; a burocracia na Ciência e Tecnologia; indicadores de desempenho para as fundações, além de diversos assuntos específicos nos fóruns de procuradores, contadores, comunicação e TI. Além disso, a conferência de abertura terá o importante tema “O Mundo Pós Pandemia”, ministrada pelo professor Silvio Meira, da UFPE.

QUAL É O PAPEL DESSA ORGANIZAÇÃO NESTE MOMENTO? 

Além de contribuir no aspecto organizacional das fundações, o Confies está atuando diretamente no lançamento de campanhas para arrecadação de recursos para adquirir equipamentos hospitalares, material de proteção para equipes de saúde, pesquisa e desenvolvimento de protocolos sanitários e mesmo de vacinas para o coronavirus.

Além disso, as fundações, em conjunto com suas instituições apoiadas, criam movimentos para arrecadação de alimentos para a composição de cestas básicas para distribuir para as pessoas que são afetadas pelo desemprego causado pela crise.

O apoio à Ciência e Tecnologia é ainda mais importante neste momento, afinal, é essa área do conhecimento que vai possibilitar o encontro de medicamentos e vacinas, bem como a produção desses elementos tão esperados por toda a população.

QUAL A EXPECTATIVA PARA O RETORNO DAS ATIVIDADES? 

Não há como prever com exatidão quando as atividades voltarão à normalidade. Afinal, estamos lidando com um inimigo invisível e desconhecido. A ciência e a medicina têm poucas informações, e muitas delas são desencontradas. Mesmo órgãos internacionais costumam se contradizer com algumas diretrizes e informações. 

Logo, afirmar quando as atividades retornarão é algo semelhante à futurologia. Entretanto, podemos esperar um retorno econômico mais voltado ao assistencialismo. A saúde, certamente, será vista com mais cuidado e teremos mais bases para ter uma sociedade melhor e mais consciente. 

QUAIS AÇÕES PODEM SER TOMADAS PARA QUE A FUNDAÇÃO SUPERE A CRISE? 

Uma das primeiras ações que podem ser tomadas é a desburocratização, o que deve começar a ocorrer a partir deste período de crise. Excessivas burocracias tendem a diminuir, pois os próprios gestores públicos perceberam que os longos processos de compra e contratação, pautados por leis antigas e engessadas, precisam ser revistos para garantir mais eficiência nesses procedimentos. 

Durante este período, algumas ações foram desburocratizadas para adotar medidas mais enérgicas. Sendo assim, é muito provável que alguns desses processos sejam perpetuados. 

Outra ação que deve ser tomada é o aumento da tecnologia após esse processo. O trabalho em home office mostrou aos gestores que não é necessário a presença física de pessoas no ambiente. Sendo assim, o meio digital estará cada vez mais presente no dia a dia das fundações. 

Assim, contas de acesso a sistemas remoto, digitalização de documentos, assinaturas eletrônicas, entre outras ferramentas serão cada dia mais necessários. Nesse contexto, surgirá a necessidade de contar com o apoio de sistemas avançados, capazes de fornecer o suporte que essas organizações precisarão para se adequar a esta nova realidade que atingiu não somente as fundações, mas todo o mercado de trabalho. 

Por fim, podemos concluir que o Confies é uma associação que proporcionará às fundações suporte para superar todos esses impactos, fortalecendo cada vez mais esse segmento tão importante para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. 

Gostou destas informações? Então, entre em contato conosco para saber um pouco mais sobre o funcionamento do Confies e como ele pode auxiliar as fundações.  

 

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Matheus Bressan